Tragédia do Avião Airspeed Ambassador AS-57 com o Manchester United em Munique-Riem

7 de outubro de 2023


No dia 6 de fevereiro de 1958, um fatídico acidente abalou o mundo do futebol. O avião Airspeed Ambassador AS-57, que transportava os jogadores do Manchester United, vindo de Belgrado, na Iugoslávia, onde haviam eliminado o Estrela Vermelha e avançado para as semifinais da Copa da Europa, encontrou seu destino trágico no Aeroporto de Munique-Riem, na Alemanha. Das 44 pessoas a bordo, 20 perderam suas vidas no local, incluindo 8 jogadores do Manchester United. Os feridos foram levados para o Hospital Rechts der Isar em Munique, onde mais três vidas foram perdidas.
Entre as vítimas estava Roger Byrne, o zagueiro e capitão da equipe, que havia representado a Seleção da Inglaterra na Copa do Mundo de 1954 e era uma figura de destaque na equipe que se preparava para a Copa de 1958. A tragédia que se abateu sobre o time deixou uma profunda tristeza no mundo do esporte e no coração dos torcedores do Manchester United.
O desastre ocorreu após duas tentativas de decolagem abortadas pelos pilotos James Thain e Kenneth Rayment, devido às condições precárias da pista. Uma camada de neve cobria a pista, e lama no final da mesma tornava as condições de decolagem extremamente perigosas. Na terceira tentativa, a aeronave bateu na neve derretida, ultrapassou o final da pista e teve sua asa esquerda arrancada ao colidir com uma casa.
A situação tornou-se ainda mais crítica quando a equipe temeu que o avião pudesse explodir a qualquer momento. Foi nesse momento de desespero que James Thain e o goleiro do Manchester United, Harry Gregg, assumiram papéis cruciais na evacuação dos passageiros. Com bravura e determinação, eles lideraram a retirada da aeronave, salvando várias vidas.
O impacto desse acidente ressoou não apenas no mundo do futebol, mas em toda a comunidade esportiva e além. A perda de jovens talentos promissores do Manchester United, como Geoff Bent, Eddie Colman, Duncan Edwards, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor, Liam “Billy” Whelan e Roger Byrne, foi sentida profundamente. Eles eram a espinha dorsal da equipe e tinham um futuro brilhante à frente.
O acidente de Munique também gerou uma onda de solidariedade global. Torcedores de todo o mundo prestaram homenagens aos que perderam suas vidas e apoiaram o clube em sua recuperação. O Manchester United enfrentou tempos difíceis, mas emergiu mais forte, guiado pela resiliência e determinação de sua comunidade e liderança.
Hoje, o acidente de Munique de 1958 é lembrado como uma tragédia que deixou uma marca triste no esporte e que uniu pessoas em luto e solidariedade. O legado daqueles que perderam suas vidas vive nos corações dos torcedores do Manchester United e em todos aqueles que valorizam o espírito do esporte e a força da comunidade em face da adversidade. A história trágica daquele dia sombrio continua a ser contada para lembrar as vidas perdidas e inspirar a perseverança diante dos desafios da vida.


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