O Legendário Massagista Mário Américo

29 de outubro de 2023


Mário Américo, um personagem marcante da história esportiva brasileira, nasceu na pequena cidade de Monte Santo, Minas Gerais, em 28 de julho de 1912. Sua jornada de vida foi repleta de reviravoltas e desafios que o levaram a traçar um caminho singular. Aos tenros 8 anos de idade, em um ato corajoso e ousado, fugiu da fazenda onde toda sua família trabalhava e partiu rumo à agitada metrópole de São Paulo, em busca de oportunidades que pudessem moldar seu destino.

Os primeiros anos na cidade grande foram de descobertas e experimentações. Mário mergulhou em diversas atividades, desbravando desde o ofício de auxiliar de mecânico até as batidas ritmadas como baterista de uma orquestra local. No entanto, foi nos ringues de boxe que ele encontrou uma paixão arrebatadora. Sua determinação e coragem o levaram a conquistar certo reconhecimento nesse mundo de lutas e desafios físicos.

Porém, o destino nem sempre segue os rumos que esperamos. Em um fatídico episódio no ano de 1937, durante uma luta em um ringue no Rio de Janeiro, Mário Américo sofreu uma derrota avassaladora que o levou a repensar sua trajetória. Foi então que um encontro inesperado com um médico no ginásio mudou o curso de sua vida para sempre. O profissional de saúde alertou Mário sobre os riscos que sua carreira de lutador poderia acarretar, destacando que, por mais valente que fosse, sua vida poderia estar em perigo. Esse encontro significativo marcou o início de uma nova jornada para Mário Américo.

O médico, reconhecendo o potencial de Mário, o encorajou a buscar oportunidades no campo da massagem. Assim, surgiu o convite para que ele se unisse à equipe do Madureira, uma oportunidade que marcou o início de sua carreira como massagista esportivo. Sua destreza e habilidade logo o levaram a ser notado não apenas localmente, mas em âmbito nacional.

Mário Américo ficou notório por suas contribuições valiosas como massagista da Seleção Brasileira de Futebol, participando ativamente das Copas do Mundo em 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970 e 1974. Seu envolvimento durante a memorável final da Copa de 1962, no Chile, é ligado a uma história que até hoje ecoa nos círculos esportivos. Ele roubou a bola da grande final, e, quando pressionado pela FIFA para devolvê-la, prontamente entregou uma réplica.

Apesar de ter trabalhado com jogadores do nível de Zizinho, Ademir Queixada, Julinho, Pelé, Garrincha e Rivelino, sempre dizia que seu maior ídolo no futebol tinha sido Fausto, o Maravilha Negra.

Após décadas de serviço dedicado ao esporte e aos atletas, Mário Américo encerrou sua carreira como fisioterapeuta. Seu falecimento, em 9 de abril de 1990, foi marcado por uma comoção generalizada entre aqueles que reconheceram sua contribuição inestimável para o mundo do esporte brasileiro. Sua história perdura como um testemunho inspirador de perseverança e determinação, servindo de exemplo para gerações futuras de atletas e entusiastas do esporte.


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