O Gol Mais Rápido da História em Copas do Mundo

7 de janeiro de 2025
O relógio tinha contado apenas 10,8 segundos quando Hakan Şükür, atacante da seleção turca, balançou as redes, marcando um dos momentos mais memoráveis da história das Copas do Mundo. Esse gol não apenas abriu o placar na disputa pelo terceiro lugar contra a Coreia do Sul, na Copa do Mundo de 2002, mas também garantiu a Şükür uma posição de destaque nos livros de recordes. Ele superou o recorde anterior, que pertencia a Vaclav Masek, jogador da Tchecoslováquia. Masek havia estabelecido a marca do gol mais rápido da história das Copas 40 anos antes, em 1962, ao marcar contra a Iugoslávia em apenas 16 segundos, durante a semifinal daquele torneio. O feito de Şükür não apenas quebrou o recorde, mas também o fez de maneira decisiva, em uma partida de grande importância.
O gol relâmpago foi o resultado de uma pressão inicial turca que pegou a defesa sul-coreana de surpresa. Şükür, um dos principais nomes do futebol turco, aproveitou uma falha na saída de bola adversária e, com precisão, marcou o que seria lembrado como o gol mais rápido já registrado em Copas do Mundo. Esse momento foi particularmente especial para Şükür, que até aquele jogo ainda não havia marcado na competição, apesar de ser um dos maiores artilheiros da história da Turquia.
Embora o gol inicial tenha dado um grande impulso à equipe turca, o jogo estava longe de ser resolvido. A Coreia do Sul, anfitriã da Copa ao lado do Japão, também vivia um momento especial. O time havia surpreendido o mundo ao chegar até a semifinal, eliminando seleções tradicionais como Itália e Espanha pelo caminho. Motivados por sua torcida apaixonada, os sul-coreanos não se abalaram com o gol precoce e logo buscaram o empate, mostrando o mesmo espírito combativo que havia os levado tão longe no torneio.
Após sofrer o empate, a Turquia continuou pressionando, determinada a conquistar o terceiro lugar e coroar sua campanha histórica. A equipe turca, comandada pelo técnico Şenol Güneş, demonstrou um futebol ofensivo e organizado, explorando as qualidades individuais de seus jogadores, como Şükür e İlhan Mansız. Foi Mansız, aliás, quem se tornou o grande herói do restante da partida, marcando dois gols que colocaram a Turquia em uma posição confortável no placar.
A atuação de Mansız foi espetacular, consolidando sua importância para a equipe ao longo do torneio. Ele já havia sido decisivo nas quartas de final, marcando o gol de ouro contra Senegal, que garantiu à Turquia uma vaga na semifinal. Na disputa contra a Coreia do Sul, Mansız mostrou novamente sua habilidade em momentos cruciais, com finalizações precisas e uma movimentação que desafiou a defesa adversária.
Com a vitória por 3 a 2, a Turquia garantiu o terceiro lugar na Copa do Mundo de 2002, seu melhor desempenho em toda a história das Copas. Foi um feito notável, especialmente considerando que aquela era apenas a segunda participação da Turquia em Mundiais. A primeira havia sido em 1954, quase meio século antes, quando a equipe não conseguiu avançar além da fase de grupos. A conquista de 2002 representou não apenas o auge de uma geração talentosa de jogadores, mas também um marco de orgulho para o futebol turco, que passou a ser reconhecido mundialmente.
Do lado sul-coreano, a derrota não apagou o brilho de sua campanha histórica. O quarto lugar foi o melhor resultado já alcançado por uma seleção asiática em Copas do Mundo, e a recepção calorosa que os jogadores receberam após o torneio foi um reflexo do impacto que tiveram tanto em sua nação quanto no cenário internacional. A partida contra a Turquia foi emocionante do início ao fim, representando o espírito competitivo que marcou todo o torneio.
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