Gerardo Magela, o Padre Apaixonado por Futebol

8 de novembro de 2023


Gerardo Magela, um jovem sonhador, almejou ardentemente uma carreira como jogador de futebol em sua juventude, integrando as fileiras do time juvenil de sua cidade situada no interior pitoresco de Minas Gerais. Contudo, suas habilidades futebolísticas não se equiparavam aos seus sonhos, e ele logo se viu em uma encruzilhada entre o esporte e a vocação espiritual. Determinado a servir sua comunidade de uma maneira diferente, ele abraçou a vocação clerical, trilhando um caminho distinto, mas sem nunca abandonar o amor fervoroso pelo futebol.

Foi em 1957 que Gerardo Magela fez história ao se tornar presidente do Metalusina, da cidade de Barão de Cocais, Minas Gerais, deixando uma marca imprevisível como o primeiro – e possivelmente único – clérigo a assumir tal cargo em um clube profissional de futebol. Seu compromisso perseverante com a cidade e com o time transcendeu as fronteiras do comum, inspirando admiração e respeito em toda a comunidade local. Nascido na modesta cidade de Capela Nova, em Minas Gerais, no dia 9 de setembro de 1907, ele ingressou no Seminário de Mariana em 1925, tendo sido ordenado em 30 de novembro de 1935. Durante sua trajetória, atuou como pároco em várias cidades, incluindo Aracitaba, Florária, Catas Altas da Noruega e Ressaquinha, antes de finalmente chegar a Barão de Cocais em 1951 como o novo pároco da Paróquia de São João Batista.

Enquanto conduzia os serviços religiosos aos domingos, Monsenhor Gerardo Magela não hesitava em manifestar sua paixão pelo futebol e pelo Metalusina, declarando aos fiéis: “Batizados hoje apenas até as 14 horas, pois às 15h tem jogo do Metalusina”. Sua dedicação ao clube e à comunidade desportiva local o consolidou como uma figura imensamente querida, conquistando o apoio fervoroso dos entusiastas esportivos e fortalecendo a posição do clube como uma força relevante no cenário esportivo nacional da época.

O legado de Monsenhor Gerardo Magela transcendeu seu tempo, ecoando nos corações daqueles que o conheceram e daqueles que ouviram falar de suas impressionantes conquistas. Sua partida deste mundo em 6 de junho de 1990 deixou um vazio sentido por todos os que foram tocados por sua compaixão, devoção e dedicação inigualáveis, tanto à sua fé quanto ao seu amado clube do Metalusina. Sua memória vive eternamente, reverberando através das histórias compartilhadas de geração em geração, celebrando a vida surpreendente de um homem cujo amor pela comunidade e pelo esporte jamais conheceu fronteiras.


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