Prêmio Belfort Duarte e o exemplar jogador Mário Carraro

30 de setembro de 2023


No dia 31 de agosto de 1951, nas dependências do Água Verde, em Curitiba, Paraná, um momento de honra e reconhecimento marcou a trajetória de Mário Carraro, um jogador exemplar e leal, que nunca havia sido expulso de uma partida. Foi nesse dia que Carraro recebeu o prestigioso Prêmio Belfort Duarte, uma homenagem que celebrava sua conduta exemplar dentro das quatro linhas.

Jogador do Água Verde, Mário Carraro, de Curitiba-PR.
Jogador do Água Verde, Mário Carraro, de Curitiba-PR.

A criação do Prêmio Belfort Duarte remonta ao dia 16 de agosto de 1945, um período em que o futebol brasileiro começava a ganhar destaque internacional. Nesse contexto, a necessidade de reconhecer não apenas o desempenho esportivo, mas também a conduta ética dos jogadores tornou-se evidente. Assim, esse prêmio foi instituído como uma maneira de celebrar aqueles que se destacavam não apenas pela habilidade em campo, mas também pelo respeito às regras do jogo e pelos valores esportivos.

Entre os anos de 1946 e 1981, o Prêmio Belfort Duarte se tornou uma tradição respeitada no cenário esportivo brasileiro. Seu nome é uma homenagem a Belfort Duarte, um renomado jogador que desempenhou um papel fundamental na promoção do fair play e na valorização da ética esportiva.

Mário Carraro, com sua carreira marcada pela lealdade e respeito ao jogo, personificou os valores que o Prêmio Belfort Duarte buscava reconhecer e celebrar. Ao longo de sua trajetória no Água Verde, Carraro demonstrou não apenas habilidade técnica, mas também um compromisso inabalável com o espírito esportivo. Nunca tendo sido expulso de uma partida, ele se tornou um exemplo para seus colegas de equipe e para os fãs do futebol.

A cerimônia de premiação de Mário Carraro foi um momento de grande emoção e orgulho para o Água Verde e toda a comunidade esportiva de Curitiba. Carraro recebeu um diploma comemorativo, que simbolizavam não apenas sua excelência como jogador, mas também sua integridade e respeito pelo jogo. O prêmio “medalha de prata” foi entregue pelas mãos do Presidente da Confederação Brasileira de Desportos Rivadávia Corrêa Meyer em pessoa, um gesto que destacou ainda mais a importância e o significado desse reconhecimento.

Além de Mário Carraro, outros jogadores notáveis receberam o Prêmio Belfort Duarte ao longo de sua existência. Cada um deles contribuiu de maneira única para a promoção dos valores esportivos e para a construção da história do futebol brasileiro. Eles se tornaram modelos para as gerações futuras de atletas, inspirando-os a buscar a excelência não apenas em termos de habilidade, mas também em termos de caráter e conduta.

O legado do Prêmio Belfort Duarte perdurou por várias décadas, servindo como um lembrete constante de que o esporte não é apenas sobre vencer, mas também sobre jogar de forma justa, respeitosa e ética. Embora a premiação tenha chegado ao fim em 1981, sua influência e importância na cultura esportiva brasileira continuam vivas até os dias de hoje.

Em resumo, o Prêmio Belfort Duarte e a condecoração de Mário Carraro em 1951 são testemunhos da importância de valorizar não apenas o desempenho esportivo, mas também a conduta ética no mundo do esporte. Eles nos lembram que a verdadeira grandeza no esporte reside não apenas na vitória, mas na maneira como o jogo é jogado e como os jogadores se comportam dentro e fora do campo. Esses momentos históricos são um tributo à beleza do futebol e aos valores que ele pode inspirar em todos nós.


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