O Maior Jogo do Século XX de Santa Catarina
26 de janeiro de 2024
Na tarde memorável de 30 de março de 1958, o Estádio Augusto Bauer, em Brusque, Santa Catarina, viu-se abarrotado por uma multidão ansiosa para testemunhar o embate entre o Botafogo, vencedor do Campeonato Carioca de 1957, e o Carlos Renaux, que conquistara o título catarinense no mesmo ano. A expectativa era alta, especialmente considerando a numerosa legião de torcedores botafoguenses espalhados por todo o estado.
O primeiro tempo surpreendeu a todos, com o placar de 4 x 1 a favor dos catarinenses, consolidando uma atuação excepcional da equipe local. A saga começou aos 10 minutos, com Agenor abrindo o marcador. Julinho ampliou a vantagem aos 18 minutos, e Quarentinha descontou para o Botafogo aos 26. Entretanto, os anfitriões não diminuíram o ritmo, e Teixeirinha, aos 31 minutos, e um gol contra de Servílio estabeleceram uma vantagem considerável, fechando o primeiro tempo em 4 x 1 para o Carlos Renaux.
A fase complementar testemunhou uma transformação completa no panorama do jogo, graças às alterações feitas na equipe do Botafogo. Os cariocas reagiram de forma inesperada, conseguindo um empate emocionante de 5 x 5, apesar de o Carlos Renaux ter marcado novamente aos 5 minutos, com Vicente. Edilson, aos 20, e Didi, aos 22, 35 e 41, foram responsáveis pelos gols do Botafogo, encerrando a partida em um empate impressionante. A atuação brilhante do Botafogo na segunda etapa foi recebida com entusiasmo, especialmente pela notável reação da equipe.
Didi emergiu como a grande estrela do amistoso, deixando sua marca com três gols. O gol de empate, marcado de cabeça por Didi aos 41 minutos, foi verdadeiramente espetacular, aproveitando um excelente passe do ponteiro Neivaldo. Ao final do jogo, o quadro do Botafogo foi calorosamente aplaudido pelos torcedores, reconhecendo a magnífica recuperação da equipe.
As escalações das equipes destacaram-se por nomes renomados da época. O Botafogo alinhou com Adalberto, Beto (Ronaldo) e Domício; Servílio, Pampolini e Nilton Santos (Ademar); Garrincha, Didi, Edison, Paulinho (Rossi) e Quarentinha (Neivaldo). Por sua vez, o Carlos Renaux foi representado por Mosimann, Baião e Ivo; Tesoura, Gordinho e Esnel; Julinho, Petruschky, Júlio Camargo (Vicente), Teixeirinha e Agenor.
Em síntese, aquele jogo de 1958 ficou eternizado não apenas pelos gols e pela intensidade da partida, mas também pela surpreendente virada do Botafogo e pela habilidade extraordinária de jogadores como Didi e Garrincha, que se destacaram em um espetáculo esportivo que ficará gravado na memória dos fãs de futebol por gerações.
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