O Craque Polonês Alex

3 de dezembro de 2023


Oleska Skorobohaty, conhecido como Alex, chegou no Brasil aos 7 anos de idade, vindo com sua família de sua cidade natal, Rakowes, na Polônia. Começou a jogar futebol bem jovem nas plantações de batata de sua família em Irati, no Paraná, ao mesmo tempo em que trabalhava na oficina de carros de seu pai, que dizia para ele: “O futebol não vai te dar futuro”.

Embora levasse algumas surras de chinelo de seu pai, Alex fugia do trabalho para jogar nos 2 times de Irati, no juvenil do Iraty e mais tarde no Olímpico, aonde se profissionalizou. Quando foi contratado pelo Operário, de Ponta Grossa, deu todo o dinheiro das luvas para seu pai, 7 mil cruzeiros na época, que logo reconheceu o talento do filho para o futebol. Suas grandes demonstrações de técnica, destreza e velocidade serviram para ser contratado pelo Botafogo, de Ribeirão Preto, quando disputou campeonatos paulistas. Lá, seu rico futebol foi tão admirado que o levou a disputar o Torneio Rio-São Paulo de 1965 pelo Corinthians. Voltou ao Paraná para jogar pelo time do Londrina, que era o time mais forte do norte do Estado na época.

Alex então foi contratado pelo Água Verde logo depois que este clube foi campeão paranaense. O título veio em 1967 e ele juntou-se ao clube no início de 1968. Foi um dos jogadores que participaram do elenco do clube quando este mudou de nome para Pinheiros em 1971, time onde jogou até 1974, ano em que executou duas funções ao mesmo tempo: jogador e técnico.

Mesmo em seus últimos anos de clube, era um jogador tão veloz que chegava a provocar distensões nos zagueiros adversários que procuravam o marcar em cima, não dando-lhe espaço para suas arrancadas fulminantes.

Quando abandonou de vez sua carreira de jogador e técnico, Alex continuou trabalhando no Pinheiros em diversos setores do clube. Ao final, era o chefe do almoxarifado, até chegar sua morte no dia 8 de junho de 1987, devido a um câncer no estômago. Alex estava internado no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Curitiba. Foi velado na Capela do Cemitério do Água Verde e sepultado no Jardim da Saudade, ambos em Curitiba.

A trajetória de Alex é um testemunho de determinação, paixão pelo futebol e compromisso com o esporte, deixando uma marca significativa na cena futebolística brasileira.


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