Luiz Fernando Evaristo

Albert Stubbins, um proeminente atacante no cenário do futebol inglês, deixou uma marca perpétua durante sua carreira. Ele iniciou sua carreira no Newcastle, onde, com sua habilidade excepcional, marcou mais de 200 gols, inclusive durante o turbulento período da Segunda Guerra Mundial, quando os jogos não eram oficialmente reconhecidos. Seu instinto goleador não passou despercebido pelos gigantes do futebol de Liverpool, lar dos icônicos Beatles, com tanto o Liverpool quanto o Everton expressando interesse em adquirir seus serviços. No entanto, Stubbins decidiu vestir a emblemática camisa vermelha do Liverpool.

Sua passagem pelo Liverpool foi marcada por conquistas imortantes, sendo parte integral da equipe campeã inglesa em 1947. Durante suas sete temporadas no clube, ele impressinou ao marcar 83 gols em 178 jogos. Infelizmente, lesões persistentes interromperam sua carreira prematuramente, levando ao encerramento de suas atividades como jogador em 1953. Posteriormente, ele teve uma breve passagem defendendo o time amador Ashington antes de se aventurar como treinador nos Estados Unidos, contribuindo para o New York Americans.

Após se afastar do futebol profissional, Stubbins encontrou um novo caminho como jornalista esportivo. Sua vida tomou um rumo inesperado quando ele ressurgiu como parte da emblemática capa do álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band“, dos Beatles, lançado em maio de 1967. Na arte, John Lennon, Ringo Starr, Paul McCartney e George Harrison aparecem juntamente com várias personalidades famosas. Nesta capa histórica, onde Stubbins aparece sorrindo pouco atrás de George Harrison, ele se destacou como o único representante do mundo do futebol, ao lado de outras figuras proeminentes, incluindo o pugilista Sonny Liston e o nadador Johnny Weismuller, conhecido por seu papel como Tarzan no cinema.

O legado de Albert Stubbins perdurou além de sua vida ativa no esporte. Sua inclusão na capa do álbum dos Beatles o imortalizou como uma figura emblemática. Sua morte, em 28 de dezembro de 2002, aos 83 anos, marcou o fim de uma era para os fãs do futebol e admiradores de sua contribuição para o esporte.

De um atleta excepcional a um respeitado jornalista esportivo e, finalmente, imortalizado como um ícone cultural na capa de um dos álbuns mais famosos da história da música, Stubbins tornou-se uma lenda. Sua memória vive não apenas nos registros históricos do futebol inglês, mas também como uma parte da cultura popular, representando a essência da paixão, dedicação e excelência no esporte.